Quando tradição, inovação e paixão se encontram, os resultados podem ser surpreendentes. Foi o que aconteceu com a família Donadelli, que, após anos de experiência no setor de calçados, se lançou no mundo dos vinhos. Em 2024, conquistaram reconhecimento internacional com um rótulo considerado um dos melhores do Brasil.
O Sabina 2023 Syrah, da vinícola Sacramento Vinifer, foi premiado como o melhor tinto do Brasil pelo renomado Guia Descorchados, um marco tanto para a vinícola quanto para o vinho nacional. O título foi compartilhado com o Baron Assemblage 2020, da vinícola gaúcha Adolfo Lana, ambos conquistando 93 pontos em uma escala de 0 a 100.
A história da família Donadelli no mundo dos vinhos começou de maneira inusitada. A ideia surgiu anos atrás, quando Jorge Donadelli, hoje com 85 anos, e seu filho Jorgito começaram a produzir vinhos caseiros com uvas compradas para consumo próprio. Jorgito lembra com humor que o resultado inicial não foi exatamente satisfatório, mas a ideia persistiu. Em 2017, ele encontrou na propriedade da família, localizada na Serra da Canastra, em Minas Gerais, o terreno ideal para iniciar a produção de vinhos de qualidade.
Atualmente, a vinícola conta com seis hectares de vinhedos, sendo dois em produção e quatro em preparação, onde é realizado um processo minucioso, incluindo a análise clínica do solo. Foram plantadas castas como Syrah, Cabernet Franc, Viognier, entre outras. “A visão era clara: criar um vinho moderno, diferenciado, com menos álcool, mais frescor e um perfil mais frutado”, explica Jorgito. Para alcançar essa meta, a vinícola contou com a ajuda do enólogo Alejandro Cardozo, um dos mais renomados do Brasil, que foi fundamental para o desenvolvimento do vinho que hoje é um dos grandes destaques do país.
O Syrah premiado
A elaboração do Sabina 2023 Syrah reflete a dedicação e o cuidado da família Donadelli. O vinho, feito com uvas da Serra da Canastra, se destaca pela textura firme, frescor e intensidade de frutas vermelhas, temperadas com ervas frescas. O nome Sabina é uma homenagem à avó de Jorgito, que faleceu precocemente. “Era uma homenagem que eu queria fazer para o meu pai, com alguém que foi muito importante para ele”, emociona-se Jorgito ao contar a história.
Com o sucesso do Sabina, a vinícola segue expandindo sua produção, com planos de aumentar a área de vinhedos e diversificar as colheitas e castas. Para atender à crescente demanda, também produzem uma linha de espumantes com uvas colhidas no Rio Grande do Sul. Atualmente, a vinícola produz 30.000 garrafas por ano e possui 13 rótulos em seu portfólio.
O sucesso do Sabina 2023 Syrah reafirma que, com dedicação, inovação e respeito pela tradição, é possível criar vinhos de qualidade mundial, conquistando os paladares mais exigentes. O futuro da vinícola Sacramento Vinifer é promissor, e a história da família Donadelli no mundo do vinho continuará a inspirar muitos apaixonados pela arte de criar algo verdadeiramente especial.
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Rafa Costa e Silva: depois de passagem por restaurantes europeus premiados, está no comando do Lasai, o primeiro colocado neste ranking da Casual Exame.
(Rafa Costa e Silva: depois de passagem por restaurantes europeus premiados, está no comando do Lasai, o primeiro colocado neste ranking da Casual Exame.)
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Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Origem: pesquisa sobre o povo brasileiro para desenvolver o cardápio
(2º lugar – Origem (Salvador). Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Origem: pesquisa sobre o povo brasileiro para desenvolver o cardápio.)
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Prato da Casa do Porco, em São Paulo: apesar do cardápio com base em carne suína, existe a opção de menu vegetariano
(3º lugar – A Casa do Porco (SP). Prato da Casa do Porco, em São Paulo: apesar do cardápio com base em carne suína, existe a opção de menu vegetariano)
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Experiência no Oteque: apenas para 30 pessoas por vez
(Experiência no Oteque: apenas para 30 pessoas por vez)
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(5º lugar – Maní (SP). Além dos pratos à la carte, o restaurante tem o superautoral menu degustação (680 reais, sem harmonização) e o menu de três cursos, servido também no jantar por 280 reais, com entrada, prato principal e uma sobremesa, além de um belisquete.)
6/10
Prato do Nelita: trajetória de sucesso em apenas três anos
(6º lugar – Nelita (SP). A degustação (590 reais), de 11 etapas, é servida apenas no balcão, no jantar, de terça-feira a sábado, e todos os pratos da sequência podem ser pedidos à la carte.)
7/10
Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante
(7º lugar – Manga (Salvador). Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante.)
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Luis Filipe Souza, do Evvai: uma estrela pelo Guia Michelin
(8º lugar – Evvai (SP). A sequência de 11 tempos do menu degustação (799 reais, sem harmonização) propõe uma viagem sensorial pelas texturas e contrastes em pratos como a salada de abóbora, o linguini de pupunha e lula “alle vôngole”, que revisita a clássica pasta fredda italiana, e no macio sorvete de cogumelos de Santa Catarina servido com caldo aveludado e quente de galinha d’Angola.)
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Prato do Fame Osteria: speakeasy à la italiana
(9º lugar – Fame Osteria (SP). O chef Marco Renzetti serve apenas menu degustação de 11 etapas (640 reais), que muda diariamente, com poucas repetições.)
10/10
Manu Buffara, do Manu: primeiro restaurante do Brasil comandado por uma mulher a servir apenas menu degustação
(10º lugar – Manu (Curitiba). Desde 2011 Manu Buffara comanda o Manu, em Curitiba, o primeiro restaurante do Brasil comandado por uma chef mulher a servir apenas menu degustação — custa 720 reais, sem harmonização.)